terça-feira, 5 de maio de 2009

O FILTRO DA NOTÍCIA

A pesquisa de um psicólogo para estudar os problemas ligados à modificação de hábitos alimentares virou uma das principais teorias do jornalismo: a Teoria de Gatekeeper. Em 1950, David Manning Whit utilizou o método aplicado pelo psicólogo Kurt Lewin para avaliar os motivos que levavam um jornalista com 25 anos de profissão a rejeitar notícias.

Durante seu estudo, Daivd concluiu que a seleção das notícias veiculadas levava em consideração a cultura e as experiências do jornalista. Ou seja, se ele concluisse que aquela informação não era interessante ela era descartada. O filtro, neste caso o jornalista, não levava em consideração um aspecto importante no jornalismo aplicado hoje, o lado psicológico. Prevalecia o lado sociológico, que ainda tem seu valor, mas não com tanta intensidade.

Na época, os relatos trazidos pelo repórter dos locais dos acontecimento, com ou sem as emoções e culturas pessoais impostas neles, geralmente eram veiculados. Era ele quem fazia o papel de getekeeper, o selecionador das informações. Com o passar dos anos isso foi mudando. A partir do momento em que os realtos do repórter começaram a ser filtrados houve uma abertura no campo de visão de uma determinada informação. Não era mais um ou dois. Mas chegaram a três até quatro filtros antes de uma matéria ser veiculada. Não era mais o ponto de vista do repórter, mas uma série de fatores que, até hoje, são levados em consideração para a veiculação de uma notícia.

A chegada da internet também provocou alterações. A variedade de fontes e a velocidade de divulgação, deixou de lado o papel do gatekeeper. Muitas são as informações divulgadas sem passar por um filtro.

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