Transmitir o fato exatamente como ele aconteceu. Assim, numa curta frase, pode ser resumida a Teoria do Espelho. Nada mais do que reflexo exato do que se enxerga. Simples, louvável, mas polêmico. A Teoria do Espelho surgiu no final do século XIX. Foi uma das primeiras metodologias usadas para compreender a constituição das notícias.
Podemos dizer que esta é a teoria que dá credibilidade ao jornalista, tratando-o como um observador da realidade e que faz o relato com honestidade e equilíbrio. Seguindo a teoria, os fatos substituem os comentários e se tornam expressão da verdade. “A imprensa funciona como um espelho do real, apresentando um reflexo claro dos acontecimentos do cotidiano”(Pena, 2005, p. 125).
A polêmica em torno desta teoria está ligada a questão da subjetividade. A final, em campo, o repórter até pode funcionar como um espelho, tentando ser um fiel reflexo do que enxerga. Mas, na maioria dos casos, já chegou ao local com uma determinação e em muitos casos, com uma visão pré-estabelecida. Ou seja, a pauta. Ela pode, e em muitos casos faz com que o espelho reflita uma imagem torta, esticada ou comprimida, de um determinado fato.
A Teoria do Espelho é a mais comum nas redações, está presente na maioria dos manuais, mas nem sempre é seguida a risca. Interesses da empresa, pessoais, interferência cultural ou religiosa, podem fazer com que o espelho rache e a imagem não seja a real.
Mas é importante saber que pelo menos na teoria o espelho é levado a sério. Dificilmente você vai falar com um jornalista que não diga que o importante é o relato fiel dos fatos. Daí até a prática é outro papo!
Leia mais sobre o assunto em:
www.csonlineunitau.com.br/jo/apostilas/galvaojunior/3jo/Aula%204_2bim.doc -
http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=893
Nenhum comentário:
Postar um comentário