A teoria do Espelho, estudada em aula, prega a importância da realidade dos fatos na seleção e divulgação de notícias. Segundo ela, o jornalista deve prezar pela veracidade do que divulga e também pela isenção de opinião na informação. Ou seja, divulgar apenas fatos.
Pergunto eu então: o que é um fato e até onde uma informação pode ser considerada como tal?
Explicarei essa questão a partir de um exemplo bem próximo de mim: no fórum de discussão sobre Fórmula 1 onde participo no Orkut, a palavra FATO virou “modinha”, e dificilmente é usada para reforçar um fato, geralmente se usa esse “jargão” para realçar opiniões. Por exemplo: “Massa é melhor que Hamilton = FATO” Isso não é fato, é opinião, mas o “= FATO” presente depois da afirmação significa algo como “não adianta discutir comigo sobre isso”, o que costuma gerar mais discussão e polêmica do que o normal.
Assim como na comunidade, a expressão “fato” deve ser colocada em xeque também no Jornalismo. Devemos tomar cuidado para não confundir um fato com uma visão de mundo, mesmo que esta seja partilhada por muita gente. Se há um argumento contrário, então não se trata de um fato.
Cabe ao jornalista selecionar o que deve ser publicado, como diz a teoria do GateKeeper. Uma seleção de alguns fatos dentro de um conjunto maior faz toda a diferença na interpretação do público.
terça-feira, 12 de maio de 2009
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