O jornalismo é a construção social de uma suposta realidade, que está em constante processo de transformação. A imprensa não reflete a realidade, mas ajuda a construí-la. Esse pressuposto está incluído na “Teoria do Newsmaking”, que leva em consideração critérios como noticiabilidade, valores-notícias, constrangimentos organizacionais, construção da audiência e rotinas de produção. A teoria se preocupa com o modelo produtivo responsável pela geração da notícia.
Mauro Wolf, no livro “Teorias do Jornalismo”, ilustra bem essa concepção teórica. Para ele, a teoria articula-se em três vertentes principais: a cultura profissional do jornalista, a organização do trabalho e os processos produtivos. Nesse contexto, a produção da notícia é planejada como uma rotina industrial. Assim, o jornalista deixa de ser um participante ativo na construção da realidade, submetendo-se ao planejamento produtivo. “Diante da imprevisibilidade dos acontecimentos, as empresas jornalísticas precisam colocar ordem no tempo e no espaço. Para isso, estabelecem determinadas práticas unificadas na produção de notícias. É dessas práticas que se ocupa o Newsmaking” (Pena, 2005, p. 130). Dentre as práticas apresentadas por essa teoria, destacam-se as seguintes:
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
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