terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A construção da imagem de Porto Alegre através do jornal A Gazetinha

Segundo pesquisa de Gisele Becker, em meados do século XIX a cidade de Porto Alegre começa a mutar-se em direção ao crescimento avançado no qual se encontra hoje. Nesse caminho a imprensa local sente a necessidade de expansão criando caminhos em busca de seus consumidores.
Com carater literário e crônico do cotidiano da cidade, surgiu em 1891 o jornal A Gazetinha criado por Octaviano Manoel de Oliveira. O jornal relatava a realidade e a rotina das pessoas, criando para isso personagens como “o zé povinho”, este, se comunicava através de sua identificação com a população, que até então se sentia orfã de uma representação pública.
No decorrer dos anos o jornal foi sofrendo alterações, não sendo mais publicado com ilustrações e tendo um enfoque mais político, virando ainda um informativo diário. A “voz” do jornal era voltada para os problemas sociais, de saúde pública e de segurança em que se constitui a prostituição, de acordo com a representação feita pela A Gazetinha, a crítica do “vício”, a desordem nas ruas, a moral do cidadão porto-alegrense.

O jornal insistia em publicar a desordem da cidade criticando as autoridades locais que não tomavam nenhuma providência com a situação das ruas, estando cada vez mais caóticas. Colocando assim as outras pessoas da cidades que o jornal nomeia “famílias de bem”, em situações de risco ou mesmo desconforto.

Assim que o objetivo do jornal A Gazetinha foi reconhecido, a sua temática voltou-se para o policiamento urbano. Criando assim um agendamento para o leitor garantir sua segurança. Com este foco o jornal circulou mais três anos pela cidade de Porto Alegre até seu fechamento em março de 1.900.

Liciane Tavares, Luana Nascimento e Samira Suelen Geissler.

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