A Teoria do Newsmaking mescla dentro do ambiente profissional do jornalista duas realidades que, em separado, guardam severas semelhanças. De um lado, a rotina, a repetição cotidiana que faz parte do dia-a-dia de cada pessoa; um amontoado de hábitos e costumes que, por seu caráter rotineiro, tornam-se familiares e comuns. De outro, o aspecto irreal da existência, o “lado B”, que resume à pura e simples observação um posicionamento abstrato diante dos fatos; tal como no mundo das artes, quando o olhar mágico da câmera de um cineasta se volta para o outro lado da tela e passa a retratar não aquela seqüência de atos e fatos que o roteiro indicam, mas sim aquilo que torna cada um dos envolvidos na construção da trama um personagem real, da mesma forma, o caráter “curiosista” dos observadores retrata aquilo que se esconde por detrás da notícia relatada.
Somando, então, as duas realidades, o newsmaking, quando metodicamente executado (comprometido, dessa forma, com o rigor científico que a excelência dos métodos oferece), oferece ao conhecimento de todos um novo mundo. Simplesmente por relatar aquilo que se passa de mais corriqueiro durante – e não após – a produção de uma notícia (ou qualquer elemento jornalístico em si), abre as portas da compreensão, fazendo-nos perceber a realidade que vai muito além da mera elocução dos acontecimentos cotidianos.
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