As normas de casa são bem diretas: a porta do banheiro deve ficar sempre fechada; as toalhas jamais deixadas sobre a cama e o último que tomar o café pela manhã precisa recolher a mesa. Na redação de um jornal, esta família não fica muito distante de suas obrigações. Lá, esta organização possui até um nome. Quer apostar?
Criada por Warren Breed, a Teoria da Ação Organizacional coloca o jornalista diante da realidade, inserindo-o dentro da empresa em que trabalha. É esta teoria que aponta o lucro como principal objetivo da organização. Dentro deste apontamento, é inegável o interesse comercial da publicação de ceder seu espaço aos anúncios publicitários que, afinal, tratam-se de recursos de vital necessidade para o funcionamento da empresa jornalística.
É neste momento que o romance do jornalista faz púfi como se estourasse o balão do sonho que flutuava sobre sua cabeça, afinal, não é permitido fazer o que ele deseja. Exemplo disto está no estudo realizado por José Luís Garcia, em Portugal, na qual aponta que 90,6% dos jornalistas do país já sofreram algum tipo de pressão no exercício de sua profissão. Essas pressões eram de origem externa e interna. Entre as pressões externas, a maioria provinha de grupos interesse político-partidário (85,8%), seguidos por grupos empresariais e governamentais.
É possível que exemplo como este não seja um fato isolado. Na condição de estudantes de jornalismo, não é mais preciso tomarmos visões apaixonadas sobre os meios de comunicação e seu verdadeiro interesse. Como empresas quaisquer, as receitas se mostram como principal objetivo. Cabe a nós, eticamente, as aceitar.
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Referência: http://csonlineunitau.com.br/jo/apostilas/robsonbastos/2jo/gatekeeper.doc
terça-feira, 9 de junho de 2009
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Muito bom o blog discente, adorei a ideia e parabenizo que organizou e coordena.
ResponderExcluirLeciono no curso de Jornalismo e vejo aprendizado na alimentação desse espaço
Sucesso
Vânia Coelho