Na Teoria de Ação Política, linha de estudos que vem ganhando cada vez mais espaço no âmbito acadêmico desde meados da década de 80, as notícias passam a constituir elas próprias um importante meio de propaganda. De acordo com ela, jornalista de espírito pouco casto aparecem como uma classe de profissionais completamente distinta de sua origem primeira. Tais profissionais, segundo esta ótica, aparecem como agentes manipuladores da realidade, que distorcem e os fatos e manipulam a cobertura jornalística de tal forma que seus relatos ecoam nada além de seus próprios interesses.
Assim como numa indústria, por vezes os interesses dos veículos de notícia falam mais alto em sua busca por dividendos. Somando-se a isso o interesse pessoal mobilizado por determinados grupos de poder (assim como, por exemplo, o próprio Estado), tem-se o cenário no qual a estrutura organizacional dos veículos de mídia atropela a qualidade e a integridade de seus profissionais.
Em suas duas vertentes, de direita e de esquerda, essa teoria nos apresenta cenários nos quais a natureza básica da ação do jornalismo são subjugados ora pelos interesses puramente capitalista, ora pelos interesses do Estado.
Quaisquer que sejam suas origens, certeza parece nos dar tal teoria de que as notícias nada mais são do que produtos através dos quais certos grupos de poder conseguem exercer sua pressão, fazer com que seus objetivos se tornem mais facilmente alcançáveis, sem dar a mínima importância para a grande massa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário