A teoria do Gatekeeper nasce no jornalismo com David Manning White, ao fazer o acompanhamento de um editor de jornal e sua seleção de notícias usadas para publicação. Neste acompanhamento, White percebeu que a seleção era executada de maneira subjetiva pelo editor, na qual se utiliza de fatores como o espaço disponibilizado para a notícia, o interesse econômico do jornal e o propriamente seu.
Atualmente, acredita-se que o papel do editor, o guardião do portão ( gatekeeper em inglês) esteja um pouco mais distante dessa realidade. Editores de jornais que exercem grande influência sobre a sociedade, seja do jornal mais ou menos lido, necessitam de certo afastamento as suas crenças e culturas. Isto, a fim de trazer ao público leitor os assuntos de maior relevância e que façam verdadeiramente parte de uma vida social na qual a linha editorial do jornal propõe.
Mas, é difícil acreditar que a teoria do gatekeeper seja de conhecimento de todas as redações. Envolvidas em um objetivo comercial característico de qualquer organização com fins lucrativos, a necessidade de criação de notícia – o principal produto – é capaz de deslembrar princípios sociais e acadêmicos como este. O ‘furo’ da notícia pode ser considerado o maior vilão da história. Você sabe por quê? É ele quem simula a faixa de chegada típica de maratonistas que correm entre si pela disputa de um louro sobre a orelha. É ele quem vende o nosso produto.
Não é preciso bancar os franciscano para acreditar de que, no jornalismo, os louros poderiam ser deixados de lado. É preciso a consciência de que uma bela escolha da notícia a ser publicada, isenta de erros e furos, literalmente, furados, é capaz de receber o maior de todos os prêmios: o reconhecimento do público.
terça-feira, 5 de maio de 2009
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