O questionamento que ainda é levantado por leigos e estudiosos da área do jornalismo é “Por que as notícias são como são?”. Listas de critérios e teorias já foram elaboradas para explicar o dinâmico processo de seleção dos jornalistas, que transforma singelos fatos em manchetes.
Inconscientemente, o primeiro processo de filtragem é constituído pelo próprio repórter, que realiza a triagem da informação com base em suas experiências pessoais e intelectuais. Num processo puramente psicológico e arbitrário que não segue, necessariamente, qualquer manual de regras pré-estabelecidas para executar o processo.
No entanto, a liberdade do profissional é restrita. Cada meio de comunicação delimita foco e característica que o faz diferenciar dos demais veículos. É com base nesses paradigmas que o jornalista precisa definir seus próprios critérios de noticiabilidade. Todo esse processo - confirmado cotidianamente nas salas de redação - sustentam por mais de meio século as teorias propostas pelo pesquisador americano David White: o Gatekeeper.
A figura do porteiro da informação estabelece critérios que jornalistas do mundo inteiro obedecem por considerar de relevância social alguns fatores de seleção. Proximidade, inexpectabilidade, intensidade e amplitude de valores, proximidade cultural e sociológica são exemplos de filtros utilizados por editores de todos os jornais. Além da influência intelectual do jornalista e da organização onde trabalha, parte-se da premissa que o interesse público é a peneira mais estreita no garimpo da informação.
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