Recentemente, conheci uma metodologia de pesquisa chamada NewsMaking, que consiste no acompanhamento de uma equipe jornalística por um acadêmico. Cabe ao estudante monitorar a rotina da redação, seja por um dia, uma semana ou alguns meses, da forma mais discreta possível, para que não interfira no cotidiano daqueles a quem está estudando. Ou seja, deve ser um observador invisível.
Ok, confesso: quando a professora disse isso em aula, a primeira coisa que me veio à mente foi um episódio antigo do Chapolin Colorado, onde havia uma "tinta da invisibilidade", que estava em posse de alguns ladrões e, ao fim, acabou confundida com tinta comum.
Comecei a "viajar" nessa idéia, de que seria preciso uma tinta da invisibilidade para impedir alguém de interferir no trabalho alheio durante a pesquisa de NewsMaking – talvez nem assim.
Seria preciso parar o trabalho de alguém em algum momento pra fazer perguntas, tirar dúvidas, pegar depoimentos... Ou interferir, mesmo que discretamente, mesmo ficando no canto da sala com uma prancheta na mão, mesmo tirando algumas fotos, não tem como passar despercebido. Sempre vai existir aquela sensação de "acho que estamos sendo seguidos".
Então, essa invisibilidade que o NewsMaking ensina, me parece um tanto impossível. Discrição, isso sim é possível, mas em uma redação jornalística, não há modos de você não ser notado ali. A não ser, talvez, a tinta do Chapolin.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
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