Chuvas torrenciais por cerca de cento e vinte dias fizeram com que não somente os transtornos no trânsito, mudanças na rotina e adequação ás atividades afetasse a vida de uma parcela dos catarinenses. Sábado, vinte e seis de novembro de dois mil e nove com certeza não vai ser esquecido por aqueles que mudaram por completo suas vidas numa das mais marcantes e tristes tragédias já acontecidas em nossa região.
Pessoas apreensivas em busca de notícias de seus familiares ainda sem previsão de quando iriam ser atendidas, casas em risco, pessoas desaparecidas. Em meio á tanta perturbação, a imprensa local fez um trabalho memorável junto a população, auxiliando-a a buscar e receber ajuda, localizar familiares, avisar aos demais a situação de como estavam comunidades muitas vezes isoladas, informações essas que chegaram por meio de rádio-amador já que a energia elétrica levou sete dias para se normalizar.
Os “blogueiros” viram aí uma maneira de socializar seu trabalho, divulgá-lo e de alguma maneira ajudar familiares e amigos das vítimas nas transmissões de informações do estado dos mesmos. Além dos textos muitas vezes amadores e em certas ocasiões com informações errôneas – não propositalmente, levando em conta o estado de calamidade que tomou toda a cidade- fotos ajudaram todo o Brasil a acompanhar e ajudar os necessitados.
Nesse aspecto, esse “novo” tipo de comunicação mostrou-se muito eficaz e útil para todos os interessados, os blogs fizeram com que pessoas do outro lado do mundo tivessem a informação e fotos em tempo real de tudo o que estava se passando em Santa Catarina.
Julia Graziela Bonickoski
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